No dia 14 fez sol. Sim. Muito sol. Decidi que tanto sol era um indício de que deveria começar um novo livro. "Os dias do fim" de Ricardo de Saavedra. O autocarro demorou 41 páginas a chegar a Lisboa. E durante esse tempo revivi a guerra em Moçambique, voltei a lanchar no Polana... voltei a viver, através da literatura, o 25 de Abril nas Colónias Portuguesas.
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Depois, quando deixei de ler, para andar, pensei. Pensei no que comentava no outro dia com a R. Já não somos umas miudas. Sem sabermos como ou porquê, crescemos... e consigo perceber isso em cada passo que dou, nas coisas pequeninas em que penso. Também através dos sonhos dela, dos problemas dos outros... Consigo perceber isso quando a minha mãe se conforma com o facto de eu um dia destes sair de casa, e mo dizer abertamente... não sei... é uma sensação estranha esta de ser uma menina crescida...
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No fim, há aquelas coisas em que quero continuar a ser bebé... gosto de no fim ficar assim sentada ao teu colo... embrulhada numa manta... como nunca... como sempre...
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