sexta-feira, 14 de novembro de 2008

No dia 14.

No dia 14 fez sol. Sim. Muito sol. Decidi que tanto sol era um indício de que deveria começar um novo livro. "Os dias do fim" de Ricardo de Saavedra. O autocarro demorou 41 páginas a chegar a Lisboa. E durante esse tempo revivi a guerra em Moçambique, voltei a lanchar no Polana... voltei a viver, através da literatura, o 25 de Abril nas Colónias Portuguesas.
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Depois, quando deixei de ler, para andar, pensei. Pensei no que comentava no outro dia com a R. Já não somos umas miudas. Sem sabermos como ou porquê, crescemos... e consigo perceber isso em cada passo que dou, nas coisas pequeninas em que penso. Também através dos sonhos dela, dos problemas dos outros... Consigo perceber isso quando a minha mãe se conforma com o facto de eu um dia destes sair de casa, e mo dizer abertamente... não sei... é uma sensação estranha esta de ser uma menina crescida...
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No fim, há aquelas coisas em que quero continuar a ser bebé... gosto de no fim ficar assim sentada ao teu colo... embrulhada numa manta... como nunca... como sempre...

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