Ela viu-o. E eu a telefonar, a mandar sms... eu noutra... a voar por aí. Depois voltamos ao mesmo. Ela viu-o. Agrafou-me os pés à terra. E eu odiei-o uma e outra e outra vez... Pensei nas rodas do carro por cima do cérebro dele... splaaaash... pensei em pontapés, estalos... pensei que o podia espancar até à morte. Depois por momentos, voltei... "Vês o que tu me fazes?!"... Ele a agarrar-me e a não me deixar ir... Como dantes, como sempre... E podíamos ter tido um jantar à borla... Podíamos tanta coisa... E eu outra vez a tentar fugir. A pensar uma outra vez que "after all there was another..."... Sim, R., como sempre... "Sabes que estou bem, sei que estou mais ou menos", porque na verdade nem mesmo... nem mesmo Ele, ou Ele, merecem as minhas, as nossas lágrimas... Depois... depois voltei à triste rotina de sempre... "Tens lume, Margarida?"
*
E hoje eu já não tinha. Nem lume, nem 15 cêntimos para o carro... Também não tinha força ou sequer vontade para pensar, para te passar com as rodas por cima... para te pedir o que quer que fosse... queria-te longe e ao pé de mim. Assim a modos que do outro lado do mundo, assim abraçados. Queria saber que estavas aí... que no meio das coisas que esqueceste está a minha recordação... que apesar de tudo, depois do nada que fomos, que um dia ainda vais voltar a telefonar... "Olá... devo-te 50 euros... e um café!"
1 comentário:
Pois...é no que dá quando nos desenterram os mortos!! Anda uma pessoa na boa, já com ELES bem debaixo da terra e alguém vem e nos diz que afinal não é bem assim... que ELES andem aí...
Está mal...os mortos´não se desenterram, não vale a pena, só trazem bichos, podridão e maus-cheiros!!!
Eu proibo todos de desenterrarem os meu mortos! OUVIRAM???
:p
KISS***
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