terça-feira, 26 de junho de 2007

Nós?! :P

Viver-te...
Viver numa sombra iluminada...
Saber que sabes que mesmo longe, eu estou lá... e que podes contar comigo para o que der e vier...
E depois ficamos e estamos quando sim e porque sim... e morro de saudades o resto do tempo...
Também há os dias carregados de sentimentos boomerang... sentimentos que se estilhaçam aos meus pés... mas que tu vais colando... e logo logo fica tudo bem..
Depois eu... eu com o meu mundo em ruínas... que a pouco e pouco se vai reconstruindo... EU reconstruo... tu és a força =) e a alegria, e o sol e às vezes a chuva e o vento... :P
E não és meu namorado... porque não... mas para mim és como se fosses... porque sim... (tu, tu, tu e só tu :P)
Porque tens piada, porque gosto de ti e de estar contigo... porque tens a tua vida e eu tenho a minha e no meio, como um diamante pequenino... há a nossa... [lapidar lentamente para não partir :P]
E se um dia quando acordarmos já não pudermos viver um sem o outro??!!

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Ao ritmo do meu coração

Sem te ver, sem te alcançar,
ouço-te percorrer o mundo...
O meu mundo.

Não abro os meus olhos,
ou fazendo-o, fujo da luz,
rejeito abrir a persiana,
reservo-me ao encantamento da escuridão.

Sei que não conseguirei sentir-te,
nem ver-te com o meu olhar,
por isso fujo à desilusão
de saber que apenas te posso sonhar.

O sol vai alto,
as ondas balanças o mar
e em remoinhos aveludados pela rebentação
deixo-me naufragar nos sentimentos,
abandono o mundo que respiro e,
nessa espiral de confusões,
procuro ouvir-te mais perto,
no fundo deste mar que és para mim.

Anseio encontrar-te e, atento,
pressinto um sinal que me chama...
Pum-pum... Pum-pum...
Ecoas em mim...

Resta-me acordar e esperar adormecer de novo,
resta-me respirar o mundo para o qual morro cada noite,
esperando encontrar-te outra vez,
perdida e achada em mim,
guardada e cintilante...
...ao ritmo do meu coração.

domingo, 17 de junho de 2007

Hasta luego =)

Escrevo por várias razões...
Em primeiro lugar quero comunicar a minha ausência durante a próxima semana... vou para Aveiro fazer voluntariado, numa colónia de férias fechada, com idosos...
Em segundo... kero admitir que o faço por egoísmo (sim, Zé...), pelo prazer que sei que vou retirar do sorriso de cada uma dakelas 29 pessoas... pelas coisas que sei que vou aprender, por aquilo que sei que me vou divertir...
Finalmente kero deixar beijinhos... a todos =)
Boa semana =) divirtam-se, que eu vou tentar fazer o mesmo =) =) =)

A saudade...

Não importa se estás perto ou longe, o que importa é que existas para que eu possa sentir a tua falta, pois um deserto sem água, numa noite sem lua, numa terra nua, por maior que seja o desespero, nenhuma ausência é mais profunda que a tua! (Sophia de Mello Breyner Anderson)

Saber que existe alguém que nos fala ao ouvido sem sequer existir, saber que o nosso coração contacta com o mundo por um pulsar constante simétrico ao dessa «cara metade», sentir a solidão dos beijos que me dás sem saber...

Assim é a vida de alguém que se perde no sentimento mais forte que se pode ter...de alguém que de tudo querer sentir, inútil se torna, por entre o entulho que vai acumulando num coração emparcelado, que não distingue as cores dos inúmeros véus de seda que o envolvem...

Como é bom saber que se sente, mesmo sem nada sentir...O vácuo que só com o coração se preenche, este espaço abandonado pela saudade que foge de mim...esse é o meu mais tranquilo refúgio, mais perfeito porto de abrigo.

A saudade de que tenho do teus peito, do teu carinho, do teu olhar...a saudade que me faz acreditar em tudo o que de bom existe no mundo, que graças a ti descobri na plenitude dos meus, dos nossos sentimentos...

Sem água, sem lua, em desespero...sempre te alcançarei, por muito que se erga o nevoeiro. Sempre te terei em mim, porque tal como éramos, eras minha e eu teu. E assim permaneces em mim e eu em ti.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Carta Aberta (2 meses depois...)

Tenho a dizer lhe que passei consigo dos melhores momentos da minha vida... que me disse das coisas mais bonitas que já ouvi, que foi das coisas mais surpreendentes que já me aconteceram... e apesar das suas "estranhas" - eu diria mesmo únicas - ausências... do seu maravilhoso feitio e da sua fantástica maneira de pronunciar a palavra "IMPOSSÍVEL hoje, kerida, porque... bla bla bla..."... tenho a dizer que o ADORO... e que a sua proposta de futuro me parece muito bem... e que, mesmo que a sua estadia na minha vida seja apenas temporária... marcou-me de uma forma terrível e nunca o vou eskecer...
siiiiim... mas vai, vai comer outras gajas a ver se me importo ;) ;) ;) cof cof cof (a seguir morres de saudades minhas... :P e do meu bacalhau com natas, e do meu arroz, e dos meus bifes de perú com natas e cogumelos... e do meu carro... e das minhas fantásticas boleias... dos meus beijos óptimos, dos meus rebuçados... da minha ansiedade... dos meus miminhos... kers um conselho de amiga?? deixa te estar comigo... porque assim é que tu estás bem ;) )

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Sem saber de ti...

Descobri-te sem querer,
se cheguei sequer a descobrir.
Surgiste com o leve sorrir que me encantou de espanto...

Não faço ideia de quem és,
não procuro saber de onde vens.
Existes e isso basta-me.
Sinto-te e perpetuo a tua presença,
nas palavras, nos momentos que passamos juntos.

E assim, sem me aperceber,
perco-me e prendo-me no teu vazio,
na tua plenitude.

Em ti, por momentos,
encontro a felicidade.
Em ti, sou ocasionalmente eu,
livre de tudo o que não sou mas quero à força ser.
Em ti, sinto a liberdade.

Tudo tão simples, tudo tão puro,
Tudo sincero, sentido, austero mas brilhante.
Assim é esta nossa amizade...
E aí continuas mirando-me num suspiro...

Ainda bem que apareceste!

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Santo António já se acabou...

Ontem foi noite de festa em Lisboa... e é tão bom ver as pessoas todas na rua em clima de festa... depois de viver num sítio onde o estranho era não ver ninguém na rua... onde ao domingo com as lojas todas fechadas, não se podia andar na parte baixa da cidade devido à confusão... sabe muito bem ver Lisboa em festa =) e mesmo não havendo dinheiro (mais um mito... como tantos outros?!)... é a segunda vez numa semana - primeiro no Oeiras Alive - que vejo grandes multidões... chego à conclusão que não é preciso dinheiro (cof cof cof... 45 euros o bilhete po Oeiras Alive... e akilo tava cheio... :P) ou então... então... as pessoas poupam em sei lá o quê para se poderem divertir (em comida não deve ser... tá tudo tao gordo :P)... o importante é que 'tava tudo na rua =)
Ah!, levei um manjerico pa minha mae... comi caldo verde e bebi sangria... tive co mano e cos amigos... santo antonio andou por ali... noite perfeita? nao... mas quase!! =)
(vou estudar que amanha tenho exame :P )

terça-feira, 12 de junho de 2007

Eu e a minha Rachel... apeteceu me =)




Fogo e Noite (Toranja)

Aconteceu...
e por me teres feito cego
recordo o sabor da tua pele
e o calor de uma tela
que pintámos sem pensar.
Ninguém perdeu,
e enquanto o ar foi cego
despidos de passados
talvez de lados errados
conseguiste me encontrar.
Foi dança
foram corpos de aço
entre trastes de guitarras
que esqueceram amarras
e se amaram sem mostrar.
Foi fogo
que nos encontrou sozinhos
queimou a noite em volta
presos entre chama à solta
presos feitos para soltar...
Estava escrito
E o mundo só quis virar
a página que um dia se fez pesada
E o suor
que escorria no ar
no calor dos teus lábios
inocentes mas sábios...
no segredo do luar.
Não vai acabar
Vamos ser sempre paixão
Vamos ter sempre o olhar
Onde não há ninguém
Dei-te mais...! Valeu a pena voar...
Estava escrito
E a noite veio acordar
a guerra de sentidos travada num céu
Nem por um segundo largo a mão
da perfeição do teu desenho
e do teu gesto no meu...
foi como um sopro estranho...
...e aconteceu...
És noite em mim,
És fogo em mim.
És noite em mim.
... porque aconteceu... porque me cegaste... porque o sabor da tua pele me enfeitiçou... porque no "calor" não se pensa, pinta-se a tela e vê-se o que sai... porque ninguém perdeu... porque mesmo de lados errados nos encontrámos (encontraste-me? :P)... porque não dançámos, mas soltámos as amarras e desde a primeira vez nos amámos sem pensar... porque no meio do fogo estávamos sozinhos... porque estava escrito que tinha que ser assim... porque eu tinha que virar a página (e tu também??)... porque provei o teu suor, os teus lábios sempre tão sábios (tu todo...)... porque mesmo que acabe, vamos ser sempre akela paixão... porque te dei mais... porque onde não havia ninguém conseguimos voar... porque valeu a pena... porque estava escrito... porque foi um sopro estranho... porque és tão perfeito (a maior parte dos dias;) pa nao falar no mau feitio...claro :P )... porque aconteceu... porque és noite e fogo e dia e água em mim... porque há uma guerra de sentidos... porque a maior parte das vezes gosto de si... porque algumas vezes gosto muito de si... porque às vezes o amo...
...porque sim...

sábado, 9 de junho de 2007

Aliiiiiive... em Oeiras... =)

Linkin Park... Pearl Jam... a Lara... Ele... mistura explosiva numa noite explosiva... e primeiro que tudo tenho que sentir-me orgulhosa por o MEU concelho conseguir organizar um evento de tão grande envergadura... e com sucesso... e apesar das festas este ano serem as piores de que me lembro... a verdade é que depois de uma Semana Académica, que apesar de não ter sido boa, também não foi má, depois deste Oeiras Alive - ainda por cima com bilhete à borla - acho que posso desculpar... :P
Linkin Park... fraquinho, principalmente depois do GRANDE concerto de Pearl Jam... apesar de terem tocado o "meu" In the end... Crawling... Numb... faltou qualquer coisa... faltou o morrer no palco, o dar tudo por tudo...
Pearl Jam... lindo... com um momento feio...
Lara... tu... tás LINDA miuda... quem te viu e quem te vê... "Já não uso preto porque agora sou feliz!"...
E tu... Ele... poder-te-ia dizer um milhão de coisas... mas... foi tão bom o teu "regresso"... foi tão boa a nossa noite... conversar um bocadinho contigo e tapar algumas lacunas que por vezes a falta de diálogo não conseguiram preencher... continuas com o mesmo encantamento... continuas lindo... e nas minhas estrelas és a maior... e ontem à noite foste o meu sol... (e tenho a certeza que não vais perder nunca a luz... como os da Optimus perderam...)... t'adoro... mesmo com mau feitio... mesmo sem tempo... porque tu és tu... e porque "gosto de si"...

GAL...

"Voz e Violão", de Gal Costa - uma revisitação dos seus 40 anos de carreira, prometia ser um dos seus melhores espectáculos de sempre...
A expectativa era muita e a fasquia era alta: cantar os maiores êxitos de uma tão longa carreira assim, sem mais do que um violão a acompanhar...
15 anos depois, Gal volta a pisar o palco do Coliseu... com um público maioritariamente sénior... com duas cadeiras apenas no palco (a dela não foi usada)...
Gal inicia então o seu "show" com "Minha voz, minha vida". Ao ínicio com alguns problemas de som, Gal consegue "acordar" o público com a terceira música "Azul". A partir daí foi sempre a subir... numa fantástica interacção com o público, ao som de grandes êxitos como "Meu bem, meu mal", "Chega de Saudade", "Chuva de Prata"... Consegue inclusivamente pôr todo a assistência, incluindo a masculina, a cantar "Já fui mulher eu sei..."
Com Luís Meira no violão, que demonstrou ser um verdadeiro mestre na sua arte, Gal cantou um tema inédito, cantou à capela, interagiu com o público, confessou ter saudades de Lisboa...
Embora tivessem faltado êxitos como "Gabriela" ou "Meu nome é Gal", a verdade é que Gal deu um verdadeiro "show", com uma voz clara e transparente como há 20 anos atrás, e ficando a promessa de voltar daqui a 2... foi sem dúvida um concerto insquecível... a não perder...

segunda-feira, 4 de junho de 2007

A doce e insustentavel leveza do ser...

É tao bom sentir me bem... =)

Olhar para dentro...

Uma vida passa mais depressa do que um olhar...
Um olhar que é muito mais frequente para o exterior do que para o interior...
O que fazemos nós, de nós próprios? Como nos avaliamos - se é que o fazemos - e por que razão não encontramos equilíbrio nas nossas emoções?
Pergunto-me se faz sentido pretender alcançar uma esperança de vida constantemente mais longínqua se, mesmo com os limites que a ciência e a natureza nos impõem hoje, já nos custa viver em harmonia, viver em paz e, não raras vezes, se nos custa já ser felizes?
Quantas vezes olhamos para nós?
Quantas vezes nos preocupamos em valorizar o que temos de bom? Aparentemente, quando olhamos para nós, para nos avaliarmos, ressaltam os elementos mais negativos...tantas pessoas deambulam por aí, vivendo e remoendo as suas depressões...e muitas das vezes, são pessoas únicas, especiais, que facilmente se poderiam constituir em modelos para muitas coisas...pela inteligência, pela beleza interior, pelo espírito de sacrifício, pela dedicação aos amigos...
Ao não olharmos para dentro, rejeitamos olhar uns para os outros. Porque perdemos a maioria do nosso tempo a avaliar quem o nosso olhar persegue, no exterior. Preocupamo-nos mais com o que queremos ter, com o que queremos parecer, esquecendo o que já temos...

Pego em Eschner, um artista que não valorizava, até há pouco tempo, quando uma amiga minha me fascinou ao falar dele... Olhemos para nós mesmos...
O que vemos? O que sentimos? Devemos acreditar na realidade que o espelho nos dá a conhecer?
É algo contraditório falar nestes termos, porque devia ter a força interior suficiente para não ser tão hipócrita e assumir o meu constante pessimismo em relação a tudo. Sou o primeiro a inserir-me nos moldes que pretendo desenhar.
Mas não deixo de reflectir sobre este assunto.
Sem procurar grandes respostas (porque face a grandes perguntas parcas costumam ser as certezas), encontro nesta imagem uma situação intrigante... Adivinhar o futuro é a função clássica da bola de cristal. No entanto, aqui ela é utilizada como um mero ponto de observação, como um mero reflexo da realidade. E ali, na extremidade de um braço esticado, ali, tão longe e tão perto, vemos o reflexo de nós mesmos, ou pelo menos dele, o artista.
Não será um auto-retrato expansivo, mas conciso. Caracteriza o Reflectido mas não exprime grandes traços que o qualifiquem...não é um reflexo denso como aqueles auto-retratos em que podemos contemplar a suavidade da pele, a profundidade do olhar. É apenas um reflexo, nada mais. É a realidade vista por uma bola inerte...de cristal.
Ainda assim, nesta gravura, Escher não resiste a pedir ajuda a um objecto exterior, acessório, para ver o que o rodeia e para se ver a si mesmo nesse ambiente. Ainda aqui, o que se reflecte essencialmente é o que se e não, numa perspectiva mais global, o que se é. Não se extrai qualquer reflexão interior...
Contudo, esta obra é complementada na perfeição por outra, muito simbólica, muito intrigante, também de Escher.
Aqui, há muito mais profundidade visível do que na primeira gravura. Ainda que tudo isto seja uma análise muito superficial, a verdade é que uma mera primeira impressão, suscita imenso interesse por desvendar as mensagens escondidas atrás de cada traço...
Escher assume uma posição de destaque na capacidade de expor ilusões de óptica, pelo que concretiza uma visão muito intrigante do que nos rodeia. Afinal, onde acaba o que existe e onde começa a ficção?
Cada um é livre de retirar conclusões do que vê nesta obra, mas o meu pensamento espontâneo quanto a ela foi, imediatamente, «cada um é aquilo que constrói». As mãos que se completam, permitem dar corpo ao "resto" que as liga ao todo que é o corpo, mas que, contrariamente a elas, não pode desenhar, logo, não pode construir. Mas o que as mãos desenham, apenas resulta do que o cérebro pensa e cria e a fiscalização dessa aproximação entre a criação e o pensamento do criador, apenas se alcança pelo que os olhos apreendem dos traços desenhados... Uma total dependência que não se intui directamente, mas que existe... As mãos que agora desenham, já antes foram o suporte para o cristal reflector, assumindo ser elo entre o pensamento e a realidade...
E de tudo isto, resulta o tal pensamento. De facto, por sermos complexos e dotados de múltiplas capacidades, podemos ser aquilo que quisermos, desde que nos valorizemos, desde que queiramos sonhar, olhar o mundo, confiá-lo à liberdade da nossa imaginação. E aí, numa simbiose única entre o que somos - entre o nosso valor - e o que vemos - o valor do que nos envolve -, aí sim, por "mãos à obra" e desenhar, criar, concretizar...algo de novo, algo de nosso...algo bom.

Que assim seja.


N.B.: Mantém-se a questão...Porquê tanto elogio ao humano e à individualidade de cada um, se me assumo sempre como um pessimista? Pela simples razão de não encontrar a perfeição na concretização dos meus sonhos. Não encontro o júbilo pelo erro constante face aos meus projectos...nada, nunca nada me agrada plenamente. Mas porque me falta o toque de artista, que em Escher, como em muitos outros, é completo. Em muitos outros, que acredito, possam ser vocês... Aqui fico, resguardado nos meus sonhos, aguardando a vossa arte, congratulando-me pela liberdade que dão ao meu pensamento!