Vejo-me rodeado de fitas de finalistas e tento a cada uma atribuir o seu significado.
Ninguém é igual, cada um dos finalistas que conheço tem uma bolha de sabão que os envolve, protegidos por um sem-número de características muito particulares.
Ainda assim, confundem-se aqueles cuja convivência nos aproximou sem nunca permitir grande intimidade, com os que de tão especiais, dispensam fitas, uma vez que o que lhes pretendo dizer, digo-o sem falar.
Afirmo que se confundem, mas não em mim. Confundem-se nos corredores, confundem-se nas entrevistas, confundem-se no monte de fitas que guardo cuidadosamente na minha secretária, à espera de tempo e inspiração.
Não se confundem em mim, de facto. Muito porque todos, até hoje, me mereceram todo o respeito, alguns beneficiando mesmo de uma certa admiração.
Venho falar de todos e em honra de todos. Venho falar dos finalistas, venho falar - por isso - também de mim.
Tempos áureos passados, foram construídos de suor, de dedicação, de companheirismo.
Não recordo com especial ênfase nenhum momento que, naquela Faculdade, tenha passado sozinho. E orgulho-me disso. Orgulho-me - e reconheço algum prazer - de ter guardados, na prateleira da minha vida académica - momentos passados essencialmente em conjunto com colegas, desde os inesquecíveis jantares de turma, às cartadas no bar, às cumplicidades em testes e exames, viagens de grupo aqui e ali, a maldicência típica "contra" os professores...
Não esquecerei a Faculdade, mas acima disso, não esquecerei pessoas (apenas algumas, é certo) que concretizaram a ideia que tenho da minha licenciatura. Parto, com a plena consciência de que ninguém mais experimentará o mesmo curso que nós, os que agora partimos. Não só por causa de Bolonha, mas também porque já não vejo caloiros como nós fomos, nem vejo o espírito de paródia que, como recém-veteranos e hoje como finalistas, sempre procurámos manter.
Hoje vejo essencialmente pessoas vazias a deambular pelos corredores, vejo uma abstracção absurda que não consigo qualificar...destacamos-nos dos restantes por tudo o que conseguimos concretizar, desde os debates sobre a idade do Mantorras, aos períodos de estudo intensivo e de entreajuda.
Falo a todos os finalistas - e por todos apenas me preocupo em abranger-vos a vocês, que eu acompanho e que me acompanham, que seguem comigo esta caminhada - com o intuito de vos agradecer por me terem feito viver - admito que não tão fortemente como havia sonhado - um espírito de grupo, um espírito académico que nunca poderei esquecer.
Muitas adversidades chegarão ainda neste último mês. Sim, estamos a um mês do fim. Mas mantemo-nos juntos, mantemo-nos academicamente juntos.
Vamos preparar-nos para cortar a meta do 5.º ano num abraço colectivo bem forte.
Parabéns a todos vocês, parabéns a todos nós.
Ninguém é igual, cada um dos finalistas que conheço tem uma bolha de sabão que os envolve, protegidos por um sem-número de características muito particulares.
Ainda assim, confundem-se aqueles cuja convivência nos aproximou sem nunca permitir grande intimidade, com os que de tão especiais, dispensam fitas, uma vez que o que lhes pretendo dizer, digo-o sem falar.
Afirmo que se confundem, mas não em mim. Confundem-se nos corredores, confundem-se nas entrevistas, confundem-se no monte de fitas que guardo cuidadosamente na minha secretária, à espera de tempo e inspiração.
Não se confundem em mim, de facto. Muito porque todos, até hoje, me mereceram todo o respeito, alguns beneficiando mesmo de uma certa admiração.
Venho falar de todos e em honra de todos. Venho falar dos finalistas, venho falar - por isso - também de mim.
Tempos áureos passados, foram construídos de suor, de dedicação, de companheirismo.
Não recordo com especial ênfase nenhum momento que, naquela Faculdade, tenha passado sozinho. E orgulho-me disso. Orgulho-me - e reconheço algum prazer - de ter guardados, na prateleira da minha vida académica - momentos passados essencialmente em conjunto com colegas, desde os inesquecíveis jantares de turma, às cartadas no bar, às cumplicidades em testes e exames, viagens de grupo aqui e ali, a maldicência típica "contra" os professores...
Não esquecerei a Faculdade, mas acima disso, não esquecerei pessoas (apenas algumas, é certo) que concretizaram a ideia que tenho da minha licenciatura. Parto, com a plena consciência de que ninguém mais experimentará o mesmo curso que nós, os que agora partimos. Não só por causa de Bolonha, mas também porque já não vejo caloiros como nós fomos, nem vejo o espírito de paródia que, como recém-veteranos e hoje como finalistas, sempre procurámos manter.
Hoje vejo essencialmente pessoas vazias a deambular pelos corredores, vejo uma abstracção absurda que não consigo qualificar...destacamos-nos dos restantes por tudo o que conseguimos concretizar, desde os debates sobre a idade do Mantorras, aos períodos de estudo intensivo e de entreajuda.
Falo a todos os finalistas - e por todos apenas me preocupo em abranger-vos a vocês, que eu acompanho e que me acompanham, que seguem comigo esta caminhada - com o intuito de vos agradecer por me terem feito viver - admito que não tão fortemente como havia sonhado - um espírito de grupo, um espírito académico que nunca poderei esquecer.
Muitas adversidades chegarão ainda neste último mês. Sim, estamos a um mês do fim. Mas mantemo-nos juntos, mantemo-nos academicamente juntos.
Vamos preparar-nos para cortar a meta do 5.º ano num abraço colectivo bem forte.
Parabéns a todos vocês, parabéns a todos nós.
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