quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

"Os Adultos", de Luís Soares

É incrível como às vezes um livro se pode adequar TANTO a uma fase da nossa vida. E mais... o engraçado é que andei séculos para lhe pegar... e logo agora... mesmo sem saber... recebi o chamamento divino do livro.
Há coincidências?
*
E mais...
Quando um não quer dois não dançam.
Pois... :(

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

:( endless empty days...

Depois... depois bateu com a porta e foi-se embora. Não sei se algum dia vai voltar. Sei que não estava preparada para esta partida. Eu não queria.
E então fechei-me dentro da minha concha, tranquei-me lá dentro. E jurei nunca mais sair até que ele, um dia, voltasse a tocar à campainha.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Já começaste?

Já o quê?! Bolas... só podes tar a gozar... SÓ PODES! Sabias que já não tens idade para cenas de ciumes!? Sabias que já não tens idade para essas coisas que me fazes!?
Sim... e eu não mereço!!
*
Sim... e comi todos os chocolates que tinha na gaveta... e bolachas de chocolate. E bolicaos... e tudo.
*
Sim. Uns dias odeio-te. A maior parte deles nao...
*
Não! Larga-me. Não quero passar por tudo outra vez!

A Bomba...

Ele estava lá e não conseguia perceber nada. Os olhos dela estavam estranhamente bloqueados por um brilho artificial, o que lhe dava um aspecto frio e distante, e ao mesmo tempo agressivo e ameaçador.
Ela estava lá. Arrepiada. A desejá-lo de todas as maneiras e formas possíveis. A capa não era mais do que uma espécie de cordinha, para o prender.
Depois caiu uma bomba da AlQaeda e morreram todos.
Mas ela continuou a gostar dele na mesma. E ele continuou na mesma também, sem perceber nada.
Mesmo depois de mortos.
Sou a informar que a bomba caiu passar 50 anos de eles se terem conhecido. E que eles ficaram 50 anos a gostar um do outro. Sem quase nunca se tocarem.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

As histórias da terra do Nunca... onde o mundo não existe...

Lying in my bed I hear the clock tick, and think of you
Turning in circles confusion is nothing new
Flashback... warm nights... almost left behind
Suitcases of memories, time after... Sometimes
You picture me I'm walking too far ahead
You're calling to me, I can't hear what you've said
Then you say go slow... I fall behind
The second hand unwinds
If you're lost you can look and you will find me
Time after time
If you fall I will catch you I'll be waiting
Time after time after
My picture fades and darkness has turned to grey
Watching through windows I'm wondering if you're OK
Then you say go slowly... The drum beats out of time...
*
Sim. É isto. E o silêncio... E tu.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Olha, posso sentar no teu sofá? No meio das tuas almofadas?"

"Eu só queria que o teu cheiro não saísse nunca da minha pele. O teu sabor da minha boca. Toda e cada gota do teu suor em mim...
Nós abraçados daquela maneira impossível e irreal. Porque na verdade o hoje não existe. O amanhã também não. Assim como não vai existir nenhum dia em que estivémos juntos... Enquanto o teu cheiro ficar em mim...
Para sempre, pode ser?"

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Quando a Alma dói...

"Porque amar é querer mais ao outro do que a nós mesmos, aceitar o outro com tudo o que isso implica e sentir que só estamos completos na sua presença.
O amor dá ao ser humano a capacidade de perdoar, de compreender. E se nem sempre o amor é capaz de sobreviver à realidade, ele é em tudo distante da fúria da paixão, essa loucura que devora e não traz nunca o apaziguamento da alma e do corpo."
Luísa Castel-Branco, "Alma e os mistérios da vida"
*
E depois às vezes dói... e depois também lutamos. E mesmo que seja impossível, ao menos somos felizes enquanto descobrimos que não vamos conseguir nunca alcançar o céu...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Borba, 14.02.2008 [;)]

"Porque os dias felizes não têm histórias mas sim ondas ou ventos doces de embalar que levam as lembranças para longe e ao mesmo tempo aquecem o coração"
Luísa Castel-Branco, "Alma e os mistérios da vida"
*
C'est tout...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

"Para se temperar uma salada, é preciso ser louco", Rui Pedro dixit...

Descobri segunda feira, na casa da Raquel, que afinal gosto de salada temperada... gosto do agri-doce, da controvérsia de sentimentos, da ambiguidade das sensações. O meu irmão sente o mesmo quanto ao MEC.
Então dei em comer salada. Logo eu que não sou grilo. Temperada. Hoje de manhã... tava a temperá-la, a pensar nas quantidades certas de cada ingrediente, quando me lembrei do R., que dizia sempre, quando temperava a salada, que para o fazer era preciso ser louco. E depois tive pensa de nunca ter comigo da salada temperada dele. Tive saudades dele, que já não o vejo há séculos. Tive saudades da mãe dele. Da Patrícia. Do empadão de atum, do frango assado com batatas. Das torradas feitas no forno a lenha. "O que foi não volta a ser"...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

As dúvidas existenciais de Meg...

Às vezes magoam-nos. Ficamos tristes. Choramos. Podemos imaginar as piores coisas do mundo nas nossas cabeças. Porque dantes era bom. E agora pode não ser melhor, mesmo quando era suposto ser... Porque são amigos. Sim, está bem. Só que... E se?! Os fantasmas são seres assustadores. Podem assombrar toda uma família. Durante gerações e gerações. Queria que eles não existissem.
*
A primeira discussão, que nem chegou a ser discussão, acabou com um aparatoso acidente de trânsito. O momento em que o carro do meu irmão sofre na pele as consequências da irmã do dono (eu!!) ser uma chata!
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Para mais tarde há de ficar o momento em que ele diz: "se não te faço feliz então não faz sentido que estejamos juntos..."
*
Acabei o "Um amigo chamado Henry"... porque é que em todos os livros com cães eles morrem no fim?! E porque é que eu, mesmo sabendo disso, choro sempre?!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Parabéns v.

Hoje o v. faz anos... e nunca como no último fds o senti tão longe. Óbvio que se pode dever à conjugação de muitas factores, que se pode dever apenas a uma conjuntura adversa... ou até pode ser o que não deveria ser, transformado naquilo que alguém quis que fosse.
A verdade é que o senti longe como nunca...
Anyway. E porque sim. Pelo que foste. Pelo que és. Porque sabes a importância de tudo. Porque não. E porque... Pronto... Tipo... Basicamente... Isto...
Parabéns =)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Outra fórmula para a minha colecção...

dia_anos(amigos) <= HOJE -x
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Ou seja... significa:
Que quando se aproxima a data especial vem aquela vontade de comprar alguma coisa, então compro e que posso dar a prenda quando me apetecer!
B., obrigada pela colaboração na fórmula :P

Parabéns... apesar de ainda faltarem uns dias...

Por vezes descobrimos a simplicidade nas mais pequenas coisas. Porque uma tela é como uma nova vida. Principalmente quando a pintamos daquela cor. A cor que queríamos. Porque é a cor de uma almofada... ou de uns cortinados... ou simplesmente porque é a cor que sentimos como sendo a cor da almofada e dos cortinados, mesmo quando o tom não é o correcto... mesmo quando não tem nada a ver. Depois, a criação. O negro. As pinceladas... Ir onde nos leva aquilo que queremos dizer... Criar. Sentir que, por um momento, conseguimos expressar tudo aquilo que queríamos dizer... tudo aquilo que ficou e que provavelmente vai ficar por dizer. Saber que com um simples olhar pode ficar, senão tudo, quase tudo dito. Depois, saber que um simples olhar naquela direcção pode determinar a presença de alguém que realmente gosta de nós. Mais do que uma tela, torna-se na presença de alguém, através da expressão humana mais sublime, a arte.
E porque cada um a interpreta à sua maneira, espero que simplesmente possas receber dela tudo aquilo que precisas, mesmo naqueles dias mais difíceis, em que por muito que me esforce eu não vou ser nunca "qualquer coisa" o suficiente para te poder dar.
E no entanto... na verdade tudo é como naquela tela... o mais simples possível...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O inatingível estádio da alma

"- Há quanto tempo morremos?
de maneira que eu talvez morto porque lhe entendia a linguagem, as vozes nítidas dentro de mim somando dedo a dedo os anos do funeral, sete, oito, decidi
- Não acredito nestes fantasmas"
"O Arquipélado da insónia", António Lobo Antunes
*
Acredito, não acredito, acredito, não acredito, acredito...
[sabes que também gosto de ti linda Meghy... não sabes?!]

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Um mundo cão...

Diz-se que vivemos num "mundo cão"...
E vivemos mesmo.
Há certas coisas que não se fazem... no entanto as pessoas continuam a fazê-las. Às vezes dá impressão de que nada importa, a não ser a própria realização. Que tristeza. E mesmo quando não é nada connosco, as coisas dóem...
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Depois há as coisas boas do "mundo cão"... as noites assim quietinhos, encostadinhos. O colinho quando é preciso. O som do silêncio. O som dos outros carros. O som do próprio tempo a passar. As coisas estranhas que insistem em dominar as nossas vidas... As indecisões e as incertezas. Uma e outra vez o colinho bom, quando nada mais existe...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

The man who can't be moved...

Não gosto de pensar muito nas coisas. Mas na verdade, acabo, mesmo que inconscientemente, por pensar nelas... E muito. O suficiente para nunca me arrepender.
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Passei muito tempo a pensar "porquê?" Como é que é possível não gostarmos de alguém que nos dá tudo. E tudo significa mesmo tudo.
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Depois o resto é bom. É bom quando nos fazem deixar de pensar. É bom ouvir o nosso nome uma e outra vez. É bom quando assim, casualmente, sai um "Adoro-te miuda" a meio dum cafézito... é bom poder não ter que reagir... como se aquela frase dita por aquela pessoa fosse algo tão normal como... "Queres mais alguma coisa?", ou... "Então, novidades?"... É bom sentir o "Adoro-te miuda" como um lugar comum... um lugar que é nosso... e pela primeira vez sentir um bocadinho de segurança, com aquela sensação quentinha de "home sweet home".
É bom ter-te de volta =) Tinha saudades de olhar nos teus olhos.
*
Talvez tenhas razão. Se calhar os fantasmas têm mesmo de ficar no passado. Talvez não passem de isso mesmo. De fantasmas. Daqueles teimosos.