terça-feira, 27 de novembro de 2007

Big Girls Don't Cry

Virava-se de um lado para o outro da cama sem conseguir dormir. E escreveu...
"Não consigo dormir, não me sais da cabeça... talvez de alguma maneira TU não me deixes dormir... Morro de saudades tuas Querido... os teus olhos, as tuas mãos (as tuas pestanas!!!), os teus beijos... A tua ENORME presença... sinto saudades das tardes em tua casa, dos nossos jantares... tu a reclamares da minha condução, a reclamares da minha maneira de ser... a reclamares simplesmente pelo teu mau feitio... E sem motivo... Sabes que sempre fui o ser mais compreensivo do Mundo... e que estive lá sempre que precisaste... e sabes que era a pessoa certa... (lembras como éramos perfeitos)... Não te peço para voltares, não quero que estejas comigo por favor... mas para ouvires o teu coração... Não quero ser a boneca que está na prateleira à espera que te apeteça... não quero voltar a chorar por ti e não quero que amanhã seja demasiado tarde. A vida é aqui e agora bebé.. lembras a quantidade de vezes que te repeti isso?!
Sabes uma coisa? Estou apaixonada por ti! Talvez para o resto da vida, talvez apenas durante as próximas horas...
O certo é que não estou a conseguir viver sem ti. Marcaste-me para o resto da vida... Pertenço-te...
A última coisa que queria era voltar a fazer amor contigo, para te poder dizer "Amo-te" ao ouvido, como nunca ninguém te disse, aí tu ias olhar nos meus olhos e ias saber que era verdade... e que era ali que pertencias..."
No dia seguinte, quando a mãe chegou ao quarto, ela estava fria, morta. As janelas estavam abertas... Sem qualquer sinal de violência, o único rasto de sangue era uma argola em volta do anelar esquerdo, feita com o X-Acto... parecia um anel...
Aos pés uma carta... o destinatário... ele sabia quem era...

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